Uma palavrinha da 'blogueira'

Opa, tamos aí (:

Na real, o blog NT* não tem nada de mais. Todos os textos publicados são sim, da minha total autoria. A maioria deles foram feitos baseados em personagens, que eu mesma inventei. Ou seja, nem tudo o que eu posto retrata a forma como eu me sinto. Até porque os textos são bem diversificados. Sempre fui boa com as palavras, escrevo todo o dia. Pensei: porque não criar um blog? Talvez alguém goste.
O blog é meu, é de vocês também. Leiam, comentem e podem criticar negativamente à vontade (mas elogiar também é cool, hein? :D ). Sugestões de textos são bem vindas - e muito!
Acho que só isso. No mais, é só lerem os textos.
Abraços, beijos, carinhos e carícias :)
'' cola em mim que você brilha! ''

domingo, 9 de janeiro de 2011

O mundo está rodeado de amor.


Onde quer que nós vamos, em qualquer lugar que nós olhamos, terá pelos menos um casal demontrando e espalhando o seu amor para quem quiser ver. Abraços, beijos, carinhos, carícias, palavras bonitas ao pé do ouvido. Aquelas coisas que todo mundo faz quando está apaixonado, divulgando o amor com os olhos brilhantes e o sorriso largo e animado.
Eu confesso.Tenho um pouco de inveja, sim. Eles estão sempre tão felizes... E eu, mesmo tentando, nunca encontrei uma pessoa que pudesse realmente chamar de ''minha''. Mas também, o que eu poderia querer? Depois de achar por tantas vezes que havia encontrado o meu lugar no mundo, e em todas as vezes me decepcionar, me enganar, eu não tenho muito o que exigir.
De certa forma, eu tenho uma relevante culpa em estar sozinha. Já me enganaram tanto que... Eu aprendi a ser diferente. Fechar-me no meu próprio mundo, criar uma imagem minha que não é exatamente verdadeira. É uma espécie de casulo imaginário. Dentro dele, eu fico protegida dos mentirosos e falsos que tentam me usar. Fico bem, no meu canto, com os meus pensamentos. Sozinha. Eu não acho tão ruim assim. Sempre fui muito observadora, calculista. E essa minha posição facilita as coisas. Eu observo muito as atitudes das pessoas ao meu redor. Formo minhas ideias, minhas perspectivas, minhas opiniões. Sempre fiz isso. E a minha escolha de ser mais afastada das pessoas só ajuda, nesse ponto.
Em mim, não existem tantos sentimentos como existiram, um dia. Eu sinto que mudei, mesmo que não tenha desejado essa mudança. Eu não confio tão facilmente nas pessoas. Na verdade, eu só confio 100% nos meus pais. Com o resto do mundo, eu criei um tipo de desconfiança. Uma espécie de barreira, de proteção. Eu me sinto muito melhor assim. Não que isso seja confortável.
É infinitamente melhor poder compartilhar tudo - tudo mesmo - com outras pessoas. Pensamentos, escolhas, decisões, ideias. Mas eu não tenho essa opção. Compartilho tudo de mim comigo mesma. Pelo menos eu fico segura. Mesmo que eu conte algumas coisas a algumas pessoas, nunca é tudo. Nunca mesmo. É como eu falei. Eu não consigo confiar plenamente em ninguém. Foi uma escolha minha e eu já consigo me acostumar bem com isso.
Todavia, mesmo com essa escolha de ser mais afastada das pessoas, eu ainda tenho sonhos, desejos, vontades. E, no meu mundo, eu sei que um dia, alguém vai me notar. Alguém como eu, alguém completamente diferente, não sei. Mas vai me notar. E vai se aproximar, tentar contato. Tentar me conhecer e principalmente, me entender. E, no meu mundo, com essa pessoa - e somente com ela - eu vou conseguir me abrir. Conversar abertamente, sem restriçõs, sem medos. Sem estar com o pé atrás. Eu simplesmente vou confiar e falar. E, enquanto eu estivesse com essa pessoa, eu ia me sentir livre. Livre do escudo que eu mesma montei ao redor de mim, por questões de segurança.
E talvez, eu soubesse o que é amar. Amar mesmo, com toda a força e capacidade que eu tivesse. E, é claro, ser amada da mesma forma. Entregando e recebendo informações, sentimentos. Eu poderia conhecê-lo de uma forma completa e ele poderia conhecer a mim da mesma forma. E, quem sabe, com ele, eu conseguisse ser mais aberta com o mundo. Conversar mais, me fechar menos. Talvez eu parasse de buscar tanta proteção, que ás vezes, chega a ser desnecessária.
Meu olhar ficaria mais confiante. Minha presença e observação menos misteriosa. Eu poderia ser diferente. Diferente como eu já fui, mas que tenho medo de voltar a ser. Ele poderia me ensinar o caminho de volta. E eu poderia aprender.
Essa pessoa existe. Eu sinto que ela existe. Pode estar perto, ou longe. Mas ela está por ai, esperando encontrar o alguém que tanto deseja. E, quam sabe, esse alguém seja eu. Eu poderia fazê-lo feliz. E ele, em troca, me faria muito feliz também, do jeito que eu sempre sonhei.Ou, quem sabe, até mais. Ele está por ai. E eu sei esperar. Tenho paciência. Posso aguardar o tempo que for preciso. Mesmo que, até lá, eu continue no meu casulo, no meu mundo fechado e povoado apenas por eu mesma. Eu posso continuar assim, o tempo que for preciso. Porque eu sei que, em algum momento, tudo vai mudar. E, quando chegar a hora, eu estarei preparada.
Tudo o que eu quero é um alguém que me faça acreditar. Acreditar nas pessoas, na felicidade, na liberdade.
Acreditar que eu também posso amar e ser amada. Como eu sempre quis.

Se você quer ir embora... Vai.


Eu não estou aqui para te impedir. Aliás, eu nunca impedi que você fizesse nada. Sempre deixei claro que cada um de nós dois teria sempre liberdade para fazer o que bem quisesse. Mas, que isso fique bem claro. É você quem está indo para longe. Foi você quem decidiu que assim seria melhor para os dois.
Eu não vou mentir. Não entendi essa decisão. Como todo casal, nós tivemos nossas, brigas, desentendimentos, confusões. Nada de mais, isso acontece em todo relacionamento. Sempre fomos unidos, saíamos juntos, ríamos, nos divertíamos muito. Éramos parecidos em muito coisas e em outras, completamente diferentes. Mas as diferenças eram boas, porque um completava o outro. Eu complementava o que você não tinha, e vice e versa.
Até nossas famílias se conheceram. Tudo estava indo muito bem, como deveria ser. Felizes, convivendo, amando. Ah, amar. Quantas vezes você me jurou amor, disse que eu era simplesmente tudo para você, que o seu mundo passara a ser o meu mundo. Você dizia que me entendia e que gostava do meu jeito. Do meu cabelo, dos meus olhos, de tudo em mim. E eu sempre perguntava se tudo o que você falava era verdade, se todo esse sentimento era verdadeiro. E você ficaca ofendido, dizendo que eu não confiava em você. Pelo contrário, eu só estava tentando confiar e acreditar mais. Eu nunca duvidei do que você dizia. Eu só gostava de sentir que era verdade.
Entretanto, parece que não adiantou muito. O seu amor eterno durou muito pouco. As suas juras de amor perderam o valor rápido demais. E, mesmo que eu não queira isso, todo o resto que você cansou de falar...Agora, pra mim, parece mentira. Se tudo o que você falava e repetia para mim diariamente fosse verdade, você não teria me ligado hoje, pedindo para dar um basta no nosso namoro. Se tudo o que você dizia fosse realmente verdade, o seu sentimento não teria mudado de uma hora para outra.
Eu sei, eu tenho uma grande parcela de culpa nisso tudo. Afinal, fui eu quem sempre acreditei no poder das palavras. Fui eu quem sempre confiei em tudo o que foi dito por você. Eu confiei em você, confiei plena e integralmente. E esse foi o meu grande erro. Confiar demais, acreditar demais. Eu fui ingênua. Fui boba, não agi com a razão, deixei simplesmente que o meu coração me guiasse em qualquer decisão que eu fosse tomar. Esse sempre foi o meu maior defeito.
E eu não vou mentir. Nunca menti, não iria começar a ser falsa agora. Eu ainda te amo. O meu coração ainda bate mais forte se eu disser o seu nome. Eu ainda fico nervosa se você chegar perto demais. Eu ainda sinto uma vontade enorme de te abraçar quando escuto a sua voz. Porque, diferente de você, tudo o que eu dizia era verdade. As vezes em que eu falei que te amava, os momentos em que falei do meu desejo de que fosse eterno. Tudo, tudo o que eu falei sobre os meus sentimentos por você era verdade. Uma verdade que, agora, não faz sentido algum. Porque só agora, eu notei que tudo o que eu senti nunca foi correspondido. Eu amava intensamente, de corpo e alama. Mas amava sozinha.
Por isso, você tem razão. Agora, pensando melhor, expondo todos os prós e contras, é melhor dar um basta na nossa relação. Eu sei que você já 'amou' outras meninas antes. Eu fui só mais uma. E agora isso ficou bem claro. Cansou de mim, eu não tenho mais graça, não é?
Não importa. Você quer um ponto final, terá. E tenha consciência de uma coisa: se um dia, você quiser voltar a ter alguma coisa comigo, vai ficar querendo. Eu já acreditei uma vez em você, não vou ser idiota e acreditar na mesma mentira de novo. Você quer o fim? Pronto, acabou. Já teve o que quis. Agora, passe longe de mim. Eu prentendo esquecer totalmente a sua passagem na minha vida. Sabe porquê?
Eu me tornei mulher demais para você.

Quer jogar? Então vamos ao jogo.


Você finge que não me ama e eu finjo que acredito. E enquanto você resiste á vontade de assumir todos os seus sentimentos, eu espero o momento certo para confessar os meus a você.
Nós dois sabemos qual é a verdade. Estamos loucos um pelo outro. Quando estamos juntos, todo o resto perde a importância. Aliás, ninguém nunca precisou de restos para ser feliz. Mesmo tentando - e conseguindo enganar as outras pessoas, não conseguimos enganar a nós mesmos. É, meu bom garoto. A paixão no pegou e o amor nos dominou. Eu estou entregue a você e você está completamente fixado em mim.
Por quanto tempo vamos esconder? O nosso olhar denuncia os nossos sentimentos, mas ninguém repara nisso. As pessoas só conseguem enxergar o que está explícito aos olhos delas. Tudo o que envolve um mistério é como se não existisse, não passasse de fantasia. Enquanto nós permanecermos assim, nosso segredo estará guardado. Mas, e depois?
E quando você não aguentar ficar perto de mim sem me beijar? E quando eu não conseguir olhar nos seus olhos sem declarar o meu amor? Todos vão saber o que está acontecendo entre nós dois e o nosso relacionamento não ficará mais restrito. O nosso jogo será finalizado sem um ganhador.
Essa é a verdade, não é? Só estamos tentando descobrir quem suporta mais. E quem vai ser o primeiro a se entregar aos sentimentos na frente de todos. Por isso podemos chamar de jogo. Estamos disputando a força de vontade e a resistência. Claro que é uma das disputas das infatis e idiotas que já existiu, mas é sempre assim. O amor é o ridículo da vida.
Eu aviso logo: não desisto fácil. Mesmo que esteja nos limites das minhas forças, quase me rendendo á situação, eu suporto. Para isso, eu tenho uma força incrível. Não sou de me entregar fácil demais, ainda mais quando tem amor envolvido na história. Sou dura na queda e aguento tudo o que vier pela minha frente, seja o que for. Para resistir as tentações para lá de insuportáveis, eu sou considerada mestre no asssunto. Ninguém me vence.
Mas, no nosso caso... As coisas complicam. Porque o sentimento é forte, forte demais. Eu nunca lidei com um amor tão intenso como esse. Tenho uma pontinha de medo de me entregar a isso, só que a adrenalina, espiírto de aventura e vontade de ser feliz são muito maiores. E eu também nunca encarei esse tipo de joguinho. Sempre gostei de coisas diretas e rápidas, sem muita enrolação. Quando o cara resolve dar volta demais, eu canso rápido e o relacionamento não anda para frente.
Mas, como eu já disse, tudo nesse caso é diferente. Esse jogo é divertido e eu estou amando jogá-lo com você.
Mas nós não vamos nos enganar por muito tempo. Em algum momento, as coisas vão fugir do nosso controle e os instintos vão gritar mais alto.
Não conseguiremos mais negar o que acontece entre nós dois, vai ser alma e coração puros. Pertenceremos um ao outro, sem precisar esconder isso de ninguém. E então, meu caro adversário...
Game Over.

Eu sempre me achei diferente das outras garotas.


Não sei. Na minha visão, nunca teve graça ter aquelas bonecas de marca. Eu brincava sozinha, em casa, com as bonecas que a minha mãe podia comprar. Nunca chorei para que os meus pais comprassem uma botinha da Xuxa. Eu tive uma, mas foi porque meu pai me deu de presente. E eu fiquei incrivelmente feliz. Usei várias vezes.
Quando eu tinha 10 anos, todas as meninas da minha idade já pensavam em namorado. Eu ainda brincava de boneca no meu quarto e preferia estudar que pensar no garoto mais bonito da minha turma. No meu primeiro beijo, eu não fui assanhanda, nem agarrei o menino com força. Eu nem encostei no garoto e achei super estranho beijar a boca de alguém! Mas depois acostumei. E depois de um tempinho, eu fui começar a gostar (ninguém é de ferro!).
Agora, então, eu me acho ainda mais diferente. Não sei se é o meu jeito meio introspectivo demais, só que as meninas que não minhas amigas parecem distantes demais do que eu sou. Os sonhos delas são muito distintos dos meus e a imagem de futuro, então, nem se fala. E elas vivem pensando em homem, namorado... Eu acho que não preciso de homem nenhum para ser feliz. Se eu arranjar um namorado (isso demorando ou não), ele vai ser só um complemento. Eu não quero passar as férias no Talibã, comprar roupas em Paris. Eu sempre passei férias em casa mesmo e nunca achei ruim. E eu compro roupas em qualquer loja do centro da cidade, eu mal saio de casa!
E grande parte das minhas amigas tem uma ideia totalmente louca do que elas pretendem ser. Uma quer ser oceanógrafa. O que é que ela vai fazer no oceano? Observar o lindo azul do mar? Eu sempre fiz isso e não acha que seja uma profissão. A outra pretende ser veterinária, médica e advogada. E quer dar aulas de dança também. Ok, e você vai viver uma vida normal quando, colega?
Eu não sei, acho que sempre fui muito pé no chão. Sempre tive consciência do que eu poderia ou não ter, poderia ou não pedir. E se eu pudesse ter alguma coisa por mérito meu, nunca pedi a ninguém. Sempre vou lá e consigo sozinha. Sem contar que eu sempre achei que tivesse mais 'maturidade' que as outras. Demorei um pouco para descobrir o que significa ser uma pessoa madura. Eu gosto de dizer que madura é uma pessoa que não é infantil. É uma definição um pouco falha, mas tem um certo sentido.
Até no jeito de ser eu sou diferente. Enquanto todas as meninas que eu conheço são altamente extrovertidas, alegres, pimponas, falantes e tudo mais, eu prefiro ficar no meu canto. No meu mundo reservado, que só eu conheço e só eu gosto. Meu refúgio, meu lugar, meu mistério. Prefiro o silêncio que o barulho. Eu gosto de observar e guardar para mim as minhas próprias conclusões. Semre fui assim, sempre gostei de ser assim.
E muitas garotas me chamam de careta. Eu não me acho careta. Também, se eu for, é um problema meu. Estou bem assim e não pretendo mudar. Eu sou careta porque não faço o que elas fazem? Sou careta porque não 'pego' tantos garotos quanto elas? Sou careta porque quero SIM chegar virgem ao casamento? Sou careta porque não gosto de exagerar na maquiagem, nem no decote? Se for isso, sou careta com orgulho.
Eu não tenho culpa se os meus valores são diferentes. Desde pequena fui criada dessa forma e não vou mudar meu pensamento porque o meu grupo pensa diferente. Meu grupo é o meu grupo; minha vida é a minha vida. Eu sei separar as coisas.
E os garotos da minha idade também... Eu acho que eles me vêem andar tanto com meninas loucas e, de certa forma, oferecidas, que eles pensam que eu vou ser igualzinha a elas. Eu já namorei durante sete meses com um cara. E durante 8 com outro. E durantes três dias com outros. Foi legal, gostei, aprendi. Mas, se tivesse sido realmente bom, eu ainda estaria com um deles, não é?
Sou diferente sim, e pretendo continuar sendo. Do meu jeitinho, da minha forma, eu sou e sempre vou ser feliz. E eu realmente não ligo para nada que os outros digam.
Já cresci o suficiente para entender o que é melhor para mim.

Mudar é uma necessidade.


Adaptar-se ao novo é sempre mais complicado que continuar vivendo do jeito que já sabemos. É normal ter um pouco de receio sobre o que vai acontecer se alguma coisa se modificar. Mas nós não podemos ter medo disso. Durante toda a nossa vida, vão ocorrer muitas metamorfoses.
Mudança de visual, por exemplo. Todo o mundo gosta. Você cansa de olhar no espelho e ver sempre a mesma imagem, a mesma pessoa. Então, a melhor coisa a se fazer é: mudar! Trocar o corte e a cor do cabelo, fazer as unhas, comprar roupas novas, colocar cílios postiços, tirar a barba e o bigode, enfim. São muitas as possibilidades. E não se pode negar: depois de uma mudança na imagem externa, qualquer pessoa fica se sentindo diferente, mais bonita, mais especial.
Já a mudança de atitudes é mais complicada. Porém, muito mais importante. Porque o jeito como você age com as pessoas influencia muito no seu convívio social. Se você tratar as pessoas de uma forma grosseira, pitoresca e mal educada, é hora de repensar o que você anda fazendo. Mudar de atitude pode ser uma boa possibilidade. Começar a tratar as pessoas de um jeito mais agradável, mais alegre, espontâneo. Ser simpático, dar um sorriso, acenar quando vê alguém conhecido. Esse tipo de modificação ajuda muito no seu ciclo de convivência. Sem contar que, se você estiver bem com todos aqueles que estão ao seu redor, está bem consigo mesmo.
A mudança de valores, então... Essa é complicada mesmo. Porque, quando você pensa em mudar aquilo em que você acredita, significa que, de certa forma, estará mudando a sua forma de viver. Mas, quando necessária, esse tipo de mudança faz um bem enorme para o seu interior. Se você acreditar em mentiras, confiar em falsidades e fizer coisas erradas, estará indo por um caminho totalmente errado. Porém, a partir do momento em que você modifica os seus valores, muda os pensamentos, passa a acreditar somente no que é verdade e a viver de um jeito muito mais digno e correto, a sua vida vai mudar também. Ela passará a ter um sentido maior.
Outro tipo de mudança bem interessante é a mudança de ambiente. Sim, porque o lugar onde você vive influencia muito na sua forma de ser. Caso você viva numa lugar bagunçado, cheio de coisas velhas e inúteis, existe uma grande possibilidade de você encher a sua vida com coisas do passado e sem utilidade nenhuma. Estar numa ambiente moderno, livre, iluminado e do jeito que você gosta é uma ajuda e tanto para melhorar a sua qualidade de vida e principalmente a sua felicidade. Sim, porque estar em um lugar feliz faz de você uma pessoa feliz também!
São muitas as formas de mudança. Mas, para você mudar de verdade, é necessária muita consciência dos seus atos. E sempre pensar bem antes de mudar qualquer coisa. Você precisa entendee que, transformar você mesmo, significa mudar a sua forma de ser com todos os que vivem ao seu redor. Mudar pensando somente no benefício próprio é uma forma brusca de não se importar com os outros. Além, claro, de ser um exemplo péssimo de egoísmo.
Na verdade, o melhor que nós podemos fazer é parar e analisar a situação. Será que eu estou precisando mudar alguma coisa na minha vida? Será que existe alguma coisa que não está me agradando tanto assim? O que eu posso fazer para deixar tudo de uma forma mais agradável e acessível para mim?
Caso alguma coisa não esteja interessante, é hora de mudar. Além disso, mudar coisas significa aprender a viver de um jeito diferente. Reaprender a ser uma pessoa diferente, uma pessoa melhor. Uma pessoa mais feliz. Mudar é crescer.
Um crescimento de espírito, alma e felicidade.

Sabia que inveja mata?


Sério, você deveria arranjar alguma coisa mais interessante para fazer. Tentar me humilhar é tão degradante quanto impossível. Com tantas atividades para realizar, tanta gente para conhecer, e você fica se preocupando em me superar?
Eu realmente não consigo lhe entender. Já tem tanta coisa, tantas posses e ainda assim quer conquistar mais. Só para se iludir acreditando que consegue pisar em mim e me 'derrotar'. Vou te contar um segredo: a minha vida não é uma luta! E eu não estou nem um pouco afim de disputar com você tudo o que eu tenho, tudo o que eu sou. Se você quer comprar dez carros, compre. Eu não vou me interessar. Se você quiser gastar dez mil reais em roupas, gaste. Eu não vou pedir emprestada nenhuma delas. Se você quer fazer o papel ridículo de patricinha, faça. Eu não me importo.
Na verdade, eu nunca me importei. Foi sempre assim. Desde o começo, quando nós nos conhecemos, você tentava demonstrar a sua superioridade. Sem com brincos novos e pulseiras caras. Toda segunda-feira chegava ao colégio e dizia que havia passado o fim de semana inteiro comprando coisas novas. O engraçado é que você só se vangloriava na minha frente. E eu sinto muito lhe informar: eu nunca me senti rebaixada por sua causa. Pelo contrário, eu preferia acreditar numa possível amizade entre nós. Quando você falava esse tipo de coisa, eu ficava imensamente feliz por você. Achava legal o fato de você ter comprado coisas novas e de ter ficado muito feliz com o que tinha ganhado. Eu queria ser mesmo a sua amiga.
Mas, com o tempo, eu fui percebendo as suas verdadeiras intenções. Sempre que eu aparecia com alguma novidade, você tentava ofuscar o que eu tinha com algo melhor vindo de você. Sempre que eu conquistava alguma coisa, você aparecia com uma conquista aparentemente melhor. Eu não sei quanto aos outros, mas eu jamais deixei de ficar feliz com o que era meu para sentir raiva por você ter algo melhor. O que eu tinha, eu tinha. O que você tinha conseguido era seu. Você que ficasse feliz.
E mesmo depois de tantas tentativas de me atingir, o feitiço virou contra o feiticeiro. Porque a invejosa da história tornou-se você. Sempre fica com cara feia quando eu estou feliz por alguma coisa boa que aconteceu comigo, por mais simples e boba que seja. Parece que você se incomoda em ver que eu estou bem, que eu estou alegre. Sim, minha querida amiga falsa, isso é inveja. E é aquele tipo de inveja ruim, que quer destruir a outra pessoa. Tudo o que eu posso fazer é lamentar, não é? Afinal, mesmo se matando para tentar me superar, você não vai conseguir. Eu não vou ser atingida por uma coisa tão feia e suja como a sua inveja. Eu tenho coisas infinitamente mais importantes para me preocupar que com você. Então, de todo o coração, eu lhe aconselho a desistir dessa ideia.
Ah, e você não teve capacidade para notar uma coisa. Eu sempre fui infinitamente mais feliz com coisas incrivelmente mais simples que você.
É, isso mesmo. Eu nunca precisei de riquezas para estar com um sorriso no rosto. Se você me vê feliz, é porque eu estou realmente feliz. Eu nunca invento uma imagem somente para demonstrar altivez sobre as outras pessoas. Eu sou simples e realizade, diferente de você.
Com essa atitude invejosa e hostil, você só consegue cair ainda mais no conceito dos outros e principalmente no meu. Sim, porque mesmo que você fique sempre me acompanhando e querendo saber como eu estou, eu sei que tudo não passa de interesse. Você só está analisando mais uma forma ridícula de tentar disputar alguma coisa comigo. Olha, quer saber de uma coisa muito séria?
De gente como você, eu quero distância!

* Há algumas pessoas (:

Ser adolescente é estar em transição.


Fase difícil, muito difícil. Eu posso dizer isso com toda a certeza, afinal, eu também sou uma adolescente! Essa é a epoca em que cada um define como realmente é. É uma hora pra pensar, bastante, definir valores, opiniões, decidir o futuro. Sem contar que nós estamos numa fase pouco definida. Deixamo de ser criança, ainda não somos adultos. Estamos ali, no meio termo. Sem ter muita certeza de nada.
Mudanças no corpo, mudanças na forma de pensar, matérias aos montes para estudar, um futuro para escolher... Uau! É muita coisa mesmo. É tanta coisa, que eu acho que é por isso que muitos de adolescentes buscam formas de escapar dessa verdadeira maratona. Em certos momentos, fica tudo tão complicado na nossa cabeça que, aparentemente, a melhor coisa para se fazer é fugir.
Nessa fase tão complexa, nós ficamos muito vulneráveis. Eu diria que é o momento mais oportuno para tentar implantar ideias nas nossas mentes em crescimento. Uma prova disso é a decisão do vestibular.Sua mãe quer que você seja um médico, seu pai quer um ter um filho advogado, sua avó sonha em ver o neto diretor de uma empresa e os seus amigos dizem que a melhor decisão é surfar no Havaí. No final das contas, você decide ser um médico mestrado em direito, concursado em administração de empresas e campeão mundial de surf. Cinco minutos depois, desiste de tudo e entra numa crise de existência, que dura até começar a novala das oito.
De fato, em certos momentos, nós estamos tão cheios de coisas para fazer, para pensar, para decidir, que dá até um certo medo. Sim, essa também é a fase do medo. Medo do futuro, do que ainda está por vir. Porém, ao mesmo tempo em que estamos amedrontados, desejamos enfrentar tudo de uma vez só. Como isso é impossível, quebramos a cara e decidimos deixar o futuro para depois. O melhor mesmo é aproveitar cada momento do presente, viver cada dia de um jeito diferente e experimentar coisas novas. Experimentar. Palavra perigosa.
Como eu já disse, na adolescência, nós estamos muito vulneráveis e fica muito fácil nos convencer de qualquer coisa. Quando você se envolve com uma turma não muito adepta de fazer o que é certo (aquela 'turminha da pesada', sabe?), as coisas podem rumar para um caminho nem um pouco aconselhável. É aquela história de influências, que os nossos pais vivem falando. E, por mais que seja difícil admitir (nem tão difícil assim, na verdade), eles estão certos.
Imagine. Você sai com os amigos, estão todos indo para uma festa bem divertida, cheia de gente bonita e alegre. Chegando lá, o cara mais influente do seu grupo oferece uma cerveja. Já que você não vai dirigir nem nada de mais importante, aceita numa boa. Depois que você já tomou umas 4 latinhas, os seus amigos lhe oferecem uma bebida ainda mais forte. Você, como já não está lá muito consciente, aceita sem problemas. A festa termina e a turma decide ir para outro lugar. De repente, todo o mundo tira um um cigarro do bolso e começam a fumar. Como eles são seus 'amigos', oferecem um baseado a você, dizendo que ele vai tirar qualquer preocupação sua. E se a turma diz uma coisa, você encara como uma ordem. Pronto. Você prova pela primeira vez o sabor de fumar um cigarro de maconha.
Por mais que pareça exagero meu, não é. As coisas acontecem exatamente assim e se você não possuir controle, responsabilidade e consciência grandes, isso pode acontecer com você também. A adolescência é uma fase de experiências, de coisas novas.
Mas, existem certos tipos de experiências que, mesmo sem provar, nós sabemos que não vão levar a um caminho muito legal. Então, a gente passa longe de encrenca, não é? Quando nós somos adolescentes, qualquer decisão pode influenciar e muito no nosso futuro. E se o futuro é nosso, nós decidimos o que vai fazer parte dele.
Generalizando: adolescentes, vivam! Cantem alto, dancem enquanto ninguem estiver olhando, aproveitem as festas. Sejam vocês mesmos. Mas, principalmente, acreditem nos seus valores. E, desde já, aprendam a ter responsabilidade.
E quanto ao futuro... Espera ele chegar. Ai você decide o que fazer. Mesmo que difícil, a adolescência é uma fase boa, dá para curtir bastante. Ser criança é legal, ser adulto deve ser também.
Mas, ficar no meio termo... Tem suas qualidades.

Será que um vampiro se apaixonaria por uma humana?


A saga Crepúsculo se transformou numa febre em todo o mundo. Todas as meninas - e vários meninos - simplesmente enlouqueceram com a história da relação sobrenatural e encatadora entre o vampiro Edward e a humana Isabella.
Eu, como sempre, fujo um pouco dessa padrão das fãs. Eu não sou louca pelas personagens, afinal, é ficcção. Eu sou realmente encantada pela riqueza da escritora e da obra. Ela soube fazer um tipo de história que, mesmo envolvendo seres sobrenaturais, conseguisse encantar e levar milhões de pessoas a realmente pedir que vampiros como Edward Cullen existissem. E eu fui mais uma apaixonada pela história. Mesmo que impossível e, em alguns momentos, sem noção, eu gosto.
Eu gosto principalmente do amor entre as personagens. A forma irracional e forte do amor entre os dois é impressionante. E a escritora soube muito bem detalhar maravilhosamente as partes mais emocionantes dos livros.
Na verdade, eu acho que o que levou milhões de pessoas a se apaixonarem pela história foi justamente o amor. Num mundo onde o romantismo está cada vez mais esquecido, surge um vampiro, que não bebe sangue de humanos, é incrivelmente perfeito e ainda dá um show de como ser romântico com uma mulher. É quase impossível não pensar ' por que os homens não são assim?'
É claro, precisamos ter consciência de que tudo não passa de um filme, ficção, 'mentirinha'. Mas, sabendo separar as coisas, podemos aproveitar bastante essa belíssima obra.
Os livros são infinitamente melhores que os filmes, na minha opinião. Eles possuem mais detalhes, são mais fascinantes. Mas os filmes não perdem a magnitude em nenhum momento. Ainda mais pela belíssima atuação dos atores (atuação tão boa que os atores que interpretam Edward e a Belaa acabaram se apaixonando de verdade!)
Os filmes foram muito bem feitos. Os efeitos especiais foram muito bem elaborados e calculados. Mas, sem dúvida, o mais impressionante foi a reviravolta que a escritora da saga deu na história dos vampiros. Seres que viravam pó em contato com a luz do sol, dormiam em caixões e bebiam sangue humano passaram a ser criaturas majestosas, que brilham ao sol e se alimentam somente do sangue de animais. E, venhamos e convenhamos, deu muito certo. Essa nova perspectiva da lenda dos vampiros ficou bem melhor que a que todos nós conhecemos. Conde Drácula, o vampiro malígno, não consegue superar em nada Carlisle Cullen, o médico perfeito.
Não podemos esquecer dos lobisomens, que também sofreram uma metamorfose incrível na saga. Homens peludos, que se tranformavam em criaturas pitorescas e horrorosas, deram lugar a homens fortes e musculosos, que se tornam lobos enormes e lindos. Essa escritora é realmente incrível!
E só para deixar uma coisa bem clara: ninguém tem o direito de falar que a Stephanie Meyer errou quando modificou as lendas de vampiros e lobosimens. Lenda é lenda, minha gente. E qualquer pessoa pode fazer qualquer adaptação que quiser. Histórias são contadas de inúmeros jeitos diferentes. Cada um escolhe a maneira que mais lhe agrada, só isso!
Mesmo que muitas pessoas não gostem, eu aprovo e muito a saga Crepúsculo. Gostei da história e vou continuar gostando. E meninas, sejamos sinceras:
Quem não gostaria de ter um vampirão como o Edward, hein ? rs'

E aí, vai ser com ou sem emoção?


A primeira vez é um assunto bem típico de jovens. Afinal, é na adolescência que os hormônios ficam à flor da pele. Conversar abertamente sobre dúvidas, mitos e verdades, além de aumentar as informações, também ajudam e muita na hora de rolar a primeira relação sexual.
Eu digo logo: sou uma raridade no mundo, pretendo chegar virgem ao meu casamento ou, pelo menos, adiar durante um tempo essa decisão. Mas, não é porque eu penso de um jeito que eu vou deixar de falar sobre o assunto. Essa é uma experiência pela qual todos nós vamos passar um dia. Mais cedo ou mais tarde, não importa. Vai acontecer.
Acho que uma das dúvidas maias frequentes - entre as garotas, pelo menos - é o que fazer a hora H. Os homens têm plena consciência do que eles devem ou não realizar no ato (a quantidade de videos e filmes que os garotos vêem é incrível!). Já com as mulheres, que desde sempre são criadas com a frase: isso não é coisa de menina direita!, a situação é mais complicada. Claro, nós não somos burras nem desinformadas. Sabemos muito bem o que acontece a coisa toda do sexo, mas não temos muita certeza de como vai acontecer.
Qual a posição em que nós devemos ficar? Devemos levar o kamasutra? Devemos ou não tirar a roupa do nosso parceiro? Vai doer muito - Ah, essa é uma dúvida sempre presente quando o assunto é primeira vez. Infelizmente, para nós, pobres garotas sofredoras, as notícias não são muito animadoras. Sim, provavelmente, na nossa primeira relação sexual, nós vamos sentir dor. Só que isso é muito normal, gente! É uma questão de lógica: nós nunca fizemos isso. Do nada, uma 'coisa' vai invadir o nosso corpo, numa região altamente sensível, que nunca passou por essa experiência. É claro que vai ter um pouco de dor sim. Mas, com o tempo, costume e prática, as coisas vão melhorando (é o que dizem todos os ginecologistas do Brasil. Se não for melhorando, reclamem com eles!).
E aquela história do sangramento, como fica? Como a boa aluna de biologia que sou, posso falar sobre isso com toda a segurança. Novamente, o pepino fica nas nossas costas, meninas. O sangramento na primeira relação deve acontecer, mas não vai ser porque você se machucou não. Acontece que, protegendo a nossa feminilidade, tem uma película muito fina, o himen. El fica lá, numa 'nice', até ser rompido. E, é claro, o rompimeno ocorre quando? Na primeira relação. Mas é momentâneo, depois passa.
E agora, a pergunta corinha, que muitas meninas buscam a respota: é possível engravidar na primeira vez? Bom, pra início de conversa, quem foi que começou com essa dúvida? É claro que é possível! Não é porque você nunca fez sexo que não corre risco nenhum de engravidar. Sejamos sensatas, meninas!
É por isso que, desde a primeira relação sexual, é preciso usar camisinha. Independente do lugar, da situção, da ocasião ou do tempo. A camisinha é uma questão de segurança e ela é o método anticoncepcional mais segura que existe. É claro, tem que saber colocar corretamente, porque se a camisinha estourar... Já sabem, não é? Mas isso, qualquer médico ou farmacêutico pode informar.
Ah, e para quem acha que só o homem usa camisinha, está para lá de enganado(a). Existe também camisinha feminina, que faz o mesmo efeito que a camisinha masculina, ou seja: evitar que, depois de nove meses, um bebê lindo nasça e você seja a mãe.
Na verdade, todos os médicos afirmam a mesma coisa. Na sua primeira vez, o segredo é relaxar. E deixar que tudo vá acontecendo naturalmente. Nós, seres humanos, também temos instintos. E na hora do 'vamos ver', são esses instintos - e os hormônios - quem comandam toda a situação.
Sem pressa, só calma. Se tudo for feito do jeitinho certo - e com consciência e responsabilidade - tudo vai sair da forma que você sempre sonhou.
E vamos aproveitar a vida, minha gente!

O tempo passa.


Mesmo que demoradamente, como se cada volta que o ponteiro dos minutos desse fosse um martítio para mim. Mesmo com a ferida tão recente, doendo e latejando, o tempo passa. De uma forma estranha e dolorosa. Mas passa.
Ainda doía como sangue pulsando sob um ferimento. Meu coração ainda não havia cicatrizado completamente. Na verdade, ele ainda tentava se reconstruir de toda a destruição, de todo o sofrimento. Mas ele estava lá e ele estava tentando. E eu também. Eu tentava ajudá-lo de todas as formas. Enganar a tristeza, boicotar as tentativas da dor de me derrubar mais uma vez. Saía com as amigas, saía sozinha. Assistía a um filme. Ria quando notava que a cena era engraçada e que, se eu estivesse com vontade, teria rido espontaneamente. Enganava-me e tentava alertar o meu coração. Já era hora de acordar para o renascimento.
Eu não precisava mais me enganar tanto. Poderia assumir, sim, que sentia falta dele e de tudo o que nós vivemos juntos. Mas que, mesmo sentindo falta, eu iria superar. Iria chegar um dia em que eu conseguiria olhar uma foto dele e não chorar. Eu não me importaria com o lugar em que ele estivesse muito menos com o tempo em que eu não o via. Eu estaria livre da dor e da saudade.
No entanto, eu precisaria de ajuda. E eu ainda estava fraca. Fraca demais para que alguém soubesse como eu me sentia de verdade. Sim, talvez fosse vergonha. Vergonha de mostrar que eu ainda não era forte o bastante. Vergonha de que alguém percebesse o quanto eu havia me abalado com o fim do relacionamento. Não, eu não queria isso. Eu sofreria sozinha, esperaria passar. E passaria.
A verdade é que eu me entreguei demais. Corpo, alma e coração. Tudo o que eu poderia oferecer eu ofereci e ele aceitou, sempre com palavras doces e amorosas. E eu acreditava. A tola e inocente garota aceitava tudo o que ele impunha e confiava em cada palavra que saia da boca dele. E então, ele partiu. Com tudo de mim que eu havia entragado. Com todas as palavras bonitas que eu havia dito. E me deixou uma única lembrança, dolorosa e angustiante. A lembrança de ter sido abandonada por quem eu mais amei. E foi como se uma feria tivesse sido feita no meio do meu peito, atingindo o meu coração. Doeu e eu cai. Durante muito tempo, eu me esqueci de como eu deveria agir. Eu não sabia como fazer para levantar.
E ele ainda estava lá. Cada lembrança daquele rosto, daquela voz, daquelas palavras, me atingia como guinadas estranhas. A dor só aumentava, a cada momento. E eu tive medo. Medo que aquela dor nunca passasse, que aquele sofrimento nunca estancasse e que eu levasse para sempre aquela mágoa dentro de mim. Eu não queria isso, eu não queria sofrer. Eu não merecia passar por tudo aquilo.
Eu não merecia. Foi assim que a minha recuperação começou. Algo dentro de mim falou mais alto. Gritou, para ser exata. Alguma parte do meu ser se destacou de todas as outras. Amor próprio. Foi ele a minha ajuda. E foi nele que eu me agarrei com todas as minhas forças. Eu vi a minha salvação, meu salvador. Durante todo esse tempo, ele estava dentro de mim. Mas a dor havia deixado tudo muito nebuloso.
E então, eu melhorei. Depois de tanto tempo, eu pude sentir o sofrimento se esvair, a dor diminuir. Tudo estava voltando ao normal. E o meu coração, que havia sofrido tanto quanto eu, voltava a bater num ritmo aceitável.
A ferida estava cicatrizando. Eu podia sentir. As lembranças que tanto machucaram a mim não faziam o efeito esmagador agora. Eu pude sentir que as coisas haviam mudado, que eu havia crescido. Melhor, eu havia evoluído.
Eu estava forte. E curada.

Eu sou tão imperfeita!


Ás vezes, eu acho que isso é culpa minha. Não sei, talvez eu tenha sido desleixada demais quando era criança e tenha crescido como uma verdadeira idiota desastrada. Mas, se eu parar para pensar, desde sempre eu fui desastrada. Então, nessa caso, poderia ser um problema de fabricação.
Tudo bem, eu não vou culpar meus pais pelos meus problemas.
É frustrante. Qualquer coisa que eu queira fazer, eu tenho medo. Medo de fazer tudo errado, medo de machucar alguém - mesmo que a atividade seja inofensiva. Eu nunca vi uma pessoa tão complicada como eu. Já vi muita gente desatenta e difícil, mas o meu caso é mais grave. É como se... Ahn... Não sei explicar. Tem aquela história de que '' tudo o que ela toca, vira ouro'', não tem? Então, eu sou mais ou menos assim. Só que tem uma diferença básica. Tudo o que eu toco, vira barro!
Se eu tentar lavar a ouça, eu quebro um prato. Se eu tentar arrumar o meu quarto, eu posso derrubar o guarda-roupa em cima de mim. Se eu tentar fazer um penteado no meu cabelo, tenho medo de ficar careca. Tanta falta de coordenação me causa muita insegurança. Isso é ruim, não é? Eu acho que sim. Se é ruim, por que eu sou desse jeito? Custava ter colocado um pouco de graça nos meus movimentos? Só um pouco, não precisava axagerar. Pelo menos para que eu confiasse em mim mesma.
Andar em ruas esburacadas, por exemplo. Isso, para mim, é um desafio quase impossível. Eu até atravesso, mas provavelmente eu vou pisar em todos os buracos possíveis durante todo o trajeto. Fazer trabalhos escolares no computador, outro problema. Mesmo que isso pareça ser uma coisa rotineira e fácil, me parece algo extremamente complicado. A probabilidade de que eu apague todo o meu trabalho na hora de salvar é... Grande, muito grande.
Quando eu estou em público, então, a situação é ainda pior. A única coisa que me vem a cabeça é: do que as pessoas vão rir hoje? Sim, porque quando eu tenho um número significativo de pessoas me observando, as minhas trapalhadas só pioram. É como se fosse uma espécie de instinto meu. Eu preciso fazer alguma coisa para que os outros riam de mim. Eu já pensei numa possível profissão de palhaça, mas isso seria humilhante, no meu caso. Inteligente, porque eu ganharia dinheiro ás custas de uma característica minha. Mas seria extremamente vergonhoso. Má ideia.
Outra coisa que me assusta muito em mim. O meu senso de criatividade. Enquanto muitas pessoas pensam em títulos legais e divertidos para redações, nomes para peças de teatro, eu só consigo pensar em alguma coisa MUITO estranha. Búfalos no pântano. Abelhas no Uzbequistão. Rinocerontes no Zimbábue. A triste história da menina sofredora... Enfim. Nunca, nunca mesmo, tenho uma boa ideia. Por isso eu prefiro ficar calada. Por um lado, para que as pessoas não precisem ouvir alguma barbaridade minha. Por outro, para que a minha vergonha e fama de estranha não aumentem ainda mais. Mesmo que todos já estejam acostumados com o meu jeito atípico de ser, eu prefiro deixar as coisas estáveis. Não preciso aumentar meu nível de desastres.
No entanto... Eu até gosto desse meu jeito de ser. Quase sempre - tudo bem, sempre - eu rio da minha própria desgraça. Não que isso seja algo saudável ou recomendável. Mas, não sei, é divertido. Eu consigo ser feliz caindo em toda escada que eu tento subir. Consigo rir das lambanças que eu faço tentanto comer sanduíche.
É a minha personalidade: desastrada. A minha única escolha é aceitar e conviver assim. Provavelmente, eu não vou conseguir mudar minhas origens. Uma vez perseguida pelo desastre, sempre acompanhada por ele. Uma eterna garota problema.
Um produto com defeito. Mas um produto feliz.
Copyright © 2010 NeverThink | Design : Noyod.Com | Images: Pit-Tux