Uma palavrinha da 'blogueira'

Opa, tamos aí (:

Na real, o blog NT* não tem nada de mais. Todos os textos publicados são sim, da minha total autoria. A maioria deles foram feitos baseados em personagens, que eu mesma inventei. Ou seja, nem tudo o que eu posto retrata a forma como eu me sinto. Até porque os textos são bem diversificados. Sempre fui boa com as palavras, escrevo todo o dia. Pensei: porque não criar um blog? Talvez alguém goste.
O blog é meu, é de vocês também. Leiam, comentem e podem criticar negativamente à vontade (mas elogiar também é cool, hein? :D ). Sugestões de textos são bem vindas - e muito!
Acho que só isso. No mais, é só lerem os textos.
Abraços, beijos, carinhos e carícias :)
'' cola em mim que você brilha! ''

domingo, 9 de janeiro de 2011

O tempo passa.


Mesmo que demoradamente, como se cada volta que o ponteiro dos minutos desse fosse um martítio para mim. Mesmo com a ferida tão recente, doendo e latejando, o tempo passa. De uma forma estranha e dolorosa. Mas passa.
Ainda doía como sangue pulsando sob um ferimento. Meu coração ainda não havia cicatrizado completamente. Na verdade, ele ainda tentava se reconstruir de toda a destruição, de todo o sofrimento. Mas ele estava lá e ele estava tentando. E eu também. Eu tentava ajudá-lo de todas as formas. Enganar a tristeza, boicotar as tentativas da dor de me derrubar mais uma vez. Saía com as amigas, saía sozinha. Assistía a um filme. Ria quando notava que a cena era engraçada e que, se eu estivesse com vontade, teria rido espontaneamente. Enganava-me e tentava alertar o meu coração. Já era hora de acordar para o renascimento.
Eu não precisava mais me enganar tanto. Poderia assumir, sim, que sentia falta dele e de tudo o que nós vivemos juntos. Mas que, mesmo sentindo falta, eu iria superar. Iria chegar um dia em que eu conseguiria olhar uma foto dele e não chorar. Eu não me importaria com o lugar em que ele estivesse muito menos com o tempo em que eu não o via. Eu estaria livre da dor e da saudade.
No entanto, eu precisaria de ajuda. E eu ainda estava fraca. Fraca demais para que alguém soubesse como eu me sentia de verdade. Sim, talvez fosse vergonha. Vergonha de mostrar que eu ainda não era forte o bastante. Vergonha de que alguém percebesse o quanto eu havia me abalado com o fim do relacionamento. Não, eu não queria isso. Eu sofreria sozinha, esperaria passar. E passaria.
A verdade é que eu me entreguei demais. Corpo, alma e coração. Tudo o que eu poderia oferecer eu ofereci e ele aceitou, sempre com palavras doces e amorosas. E eu acreditava. A tola e inocente garota aceitava tudo o que ele impunha e confiava em cada palavra que saia da boca dele. E então, ele partiu. Com tudo de mim que eu havia entragado. Com todas as palavras bonitas que eu havia dito. E me deixou uma única lembrança, dolorosa e angustiante. A lembrança de ter sido abandonada por quem eu mais amei. E foi como se uma feria tivesse sido feita no meio do meu peito, atingindo o meu coração. Doeu e eu cai. Durante muito tempo, eu me esqueci de como eu deveria agir. Eu não sabia como fazer para levantar.
E ele ainda estava lá. Cada lembrança daquele rosto, daquela voz, daquelas palavras, me atingia como guinadas estranhas. A dor só aumentava, a cada momento. E eu tive medo. Medo que aquela dor nunca passasse, que aquele sofrimento nunca estancasse e que eu levasse para sempre aquela mágoa dentro de mim. Eu não queria isso, eu não queria sofrer. Eu não merecia passar por tudo aquilo.
Eu não merecia. Foi assim que a minha recuperação começou. Algo dentro de mim falou mais alto. Gritou, para ser exata. Alguma parte do meu ser se destacou de todas as outras. Amor próprio. Foi ele a minha ajuda. E foi nele que eu me agarrei com todas as minhas forças. Eu vi a minha salvação, meu salvador. Durante todo esse tempo, ele estava dentro de mim. Mas a dor havia deixado tudo muito nebuloso.
E então, eu melhorei. Depois de tanto tempo, eu pude sentir o sofrimento se esvair, a dor diminuir. Tudo estava voltando ao normal. E o meu coração, que havia sofrido tanto quanto eu, voltava a bater num ritmo aceitável.
A ferida estava cicatrizando. Eu podia sentir. As lembranças que tanto machucaram a mim não faziam o efeito esmagador agora. Eu pude sentir que as coisas haviam mudado, que eu havia crescido. Melhor, eu havia evoluído.
Eu estava forte. E curada.

0 comentários:

Postar um comentário

Copyright © 2010 NeverThink | Design : Noyod.Com | Images: Pit-Tux