Uma palavrinha da 'blogueira'

Opa, tamos aí (:

Na real, o blog NT* não tem nada de mais. Todos os textos publicados são sim, da minha total autoria. A maioria deles foram feitos baseados em personagens, que eu mesma inventei. Ou seja, nem tudo o que eu posto retrata a forma como eu me sinto. Até porque os textos são bem diversificados. Sempre fui boa com as palavras, escrevo todo o dia. Pensei: porque não criar um blog? Talvez alguém goste.
O blog é meu, é de vocês também. Leiam, comentem e podem criticar negativamente à vontade (mas elogiar também é cool, hein? :D ). Sugestões de textos são bem vindas - e muito!
Acho que só isso. No mais, é só lerem os textos.
Abraços, beijos, carinhos e carícias :)
'' cola em mim que você brilha! ''

domingo, 9 de janeiro de 2011

Eu sou tão imperfeita!


Ás vezes, eu acho que isso é culpa minha. Não sei, talvez eu tenha sido desleixada demais quando era criança e tenha crescido como uma verdadeira idiota desastrada. Mas, se eu parar para pensar, desde sempre eu fui desastrada. Então, nessa caso, poderia ser um problema de fabricação.
Tudo bem, eu não vou culpar meus pais pelos meus problemas.
É frustrante. Qualquer coisa que eu queira fazer, eu tenho medo. Medo de fazer tudo errado, medo de machucar alguém - mesmo que a atividade seja inofensiva. Eu nunca vi uma pessoa tão complicada como eu. Já vi muita gente desatenta e difícil, mas o meu caso é mais grave. É como se... Ahn... Não sei explicar. Tem aquela história de que '' tudo o que ela toca, vira ouro'', não tem? Então, eu sou mais ou menos assim. Só que tem uma diferença básica. Tudo o que eu toco, vira barro!
Se eu tentar lavar a ouça, eu quebro um prato. Se eu tentar arrumar o meu quarto, eu posso derrubar o guarda-roupa em cima de mim. Se eu tentar fazer um penteado no meu cabelo, tenho medo de ficar careca. Tanta falta de coordenação me causa muita insegurança. Isso é ruim, não é? Eu acho que sim. Se é ruim, por que eu sou desse jeito? Custava ter colocado um pouco de graça nos meus movimentos? Só um pouco, não precisava axagerar. Pelo menos para que eu confiasse em mim mesma.
Andar em ruas esburacadas, por exemplo. Isso, para mim, é um desafio quase impossível. Eu até atravesso, mas provavelmente eu vou pisar em todos os buracos possíveis durante todo o trajeto. Fazer trabalhos escolares no computador, outro problema. Mesmo que isso pareça ser uma coisa rotineira e fácil, me parece algo extremamente complicado. A probabilidade de que eu apague todo o meu trabalho na hora de salvar é... Grande, muito grande.
Quando eu estou em público, então, a situação é ainda pior. A única coisa que me vem a cabeça é: do que as pessoas vão rir hoje? Sim, porque quando eu tenho um número significativo de pessoas me observando, as minhas trapalhadas só pioram. É como se fosse uma espécie de instinto meu. Eu preciso fazer alguma coisa para que os outros riam de mim. Eu já pensei numa possível profissão de palhaça, mas isso seria humilhante, no meu caso. Inteligente, porque eu ganharia dinheiro ás custas de uma característica minha. Mas seria extremamente vergonhoso. Má ideia.
Outra coisa que me assusta muito em mim. O meu senso de criatividade. Enquanto muitas pessoas pensam em títulos legais e divertidos para redações, nomes para peças de teatro, eu só consigo pensar em alguma coisa MUITO estranha. Búfalos no pântano. Abelhas no Uzbequistão. Rinocerontes no Zimbábue. A triste história da menina sofredora... Enfim. Nunca, nunca mesmo, tenho uma boa ideia. Por isso eu prefiro ficar calada. Por um lado, para que as pessoas não precisem ouvir alguma barbaridade minha. Por outro, para que a minha vergonha e fama de estranha não aumentem ainda mais. Mesmo que todos já estejam acostumados com o meu jeito atípico de ser, eu prefiro deixar as coisas estáveis. Não preciso aumentar meu nível de desastres.
No entanto... Eu até gosto desse meu jeito de ser. Quase sempre - tudo bem, sempre - eu rio da minha própria desgraça. Não que isso seja algo saudável ou recomendável. Mas, não sei, é divertido. Eu consigo ser feliz caindo em toda escada que eu tento subir. Consigo rir das lambanças que eu faço tentanto comer sanduíche.
É a minha personalidade: desastrada. A minha única escolha é aceitar e conviver assim. Provavelmente, eu não vou conseguir mudar minhas origens. Uma vez perseguida pelo desastre, sempre acompanhada por ele. Uma eterna garota problema.
Um produto com defeito. Mas um produto feliz.

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