Uma palavrinha da 'blogueira'

Opa, tamos aí (:

Na real, o blog NT* não tem nada de mais. Todos os textos publicados são sim, da minha total autoria. A maioria deles foram feitos baseados em personagens, que eu mesma inventei. Ou seja, nem tudo o que eu posto retrata a forma como eu me sinto. Até porque os textos são bem diversificados. Sempre fui boa com as palavras, escrevo todo o dia. Pensei: porque não criar um blog? Talvez alguém goste.
O blog é meu, é de vocês também. Leiam, comentem e podem criticar negativamente à vontade (mas elogiar também é cool, hein? :D ). Sugestões de textos são bem vindas - e muito!
Acho que só isso. No mais, é só lerem os textos.
Abraços, beijos, carinhos e carícias :)
'' cola em mim que você brilha! ''

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Eu nunca fui forte para nada.


Mesmo sem parecer, eu sou frágil. Mais frágil que uma pétala de rosas. Foram muitas as rasteiras, os problemas, as dificuldades, as decepções. E eu sempre levantava. Pisando em espinhos, gritando de dor. Mas voltava e erguia. Eu consigo ficar em pé. Até que um novo ataque aconteça e eu desabe novamente.
Talvez, por tanto sofrer e tanto retornar, tenha criado a ilusão de que eu tenho força. Mas não. Nunca tive força para nada. Eu sempre tive motivos. Motivos para não me entregar, não permanecer no chão. Por mais que me deixar levar fosse simples e indolor, eu tinha um porquê para voltar. Pessoas, amigos, família. Eles precisariam da minha presença. Sentiriam a minha falta se eu não estivesse mais lá. E então, mesmo contra o meu instinto de fraqueza, eu levantava. Minha mente sabia que eu iria cair novamente, mas eu sempre fui teimosa. Vou contra tudo e todos.
Vestir uma máscara ajuda. Eu crio uma imagem de força e felicidade para quem me vê. Sempre achei que, em algum momento mágico, a farsa se tornaria realidade. Não. Eu simplesmente me engano. Eu não preciso que os outros saibam o que eu sinto, o que eu penso, quem eu sou. Prefiro sofrer sozinha. Se é para doer, que doa em mim.
Sim, mentir é errado. E mentir para si mesmo é masoquismo. Eu não me importo. Se não for assim, a tristeza toma conta de mim e tudo perde o sentido, a graça, a vitalidade. Se eu tentar ocultar isso, eu posso enxergar tudo com mais clareza. Posso ver porque eu preciso continuar ali. Posos saber que existem pessoas que sentiriam a minha ausência. Posso manter o meu personagem por eles. Eu posso tentar. Aliás, eu vou conseguir. Sempre consigo, por isso continuo vital.
No entanto, ninguém me alcança no meu universo, na minha espécie de refúgio. Nele, tudo que pesa sob as minhas costas pode ser gritado aos quatro ventos. Só eu vou escutar e só eu vou entender. E eu choro. Desabo. A imagem de garota feliz e engraçada foge de mim. E eu me sinto verdadeiramente só. Verdadeiramente eu. Sentimentos, dores, mágoas. Tudo sai de mim em lágrimas, raiva e desespero. No meu mundo, eu não preciso fingir. Só eu me conheço, só eu sei a verdade.
E quando eu preciso voltar, as coisas entram novamente. Tudo, tudo. Se instalam na minha mente, no meu coração. E isso me faz lembrar que eu preciso recolocar a máscara, ensaiar o personagem. Para os outros, eu ainda era contente e satisfeita. Melhor assim. A verdade pública é sempre melhor que a pessoal.
Nos meus momentos de queda e de total fraqueza, as coisas perdem o sentido. O tempo não passa e se passa, eu não noto e nem ligo. Eu estou me perdendo. E quando os motivos para retornar somem, as ajudas aparecem. Mãos amigas que precisam de mim, me ajudam a erguer o corpo e seguir. Por isso, eu nunca fico desesperada. Seja a dor como for, a queda brusca como for. Não me importa se eu deitei sob espinhos, se eu pisei em pontas afiadas. Eu posso fingir que nada daquilo está acontecendo. Deixar minha mente livre, não pensar. Esperar que o socorro chegasse.
Mesmo depois de levantar, ainda resta a ferida. A marca de tudo o que eu passei. E ela doi mais que tudo. O sangue passa e pulsa sobre ela. E em relação a ela, eu faço o que eu sempre fiz. Espero que cicatrize. Minhas feridas nunca cicatrizam por total. Mas a dor ameniza e eu consigo lembrar que ainda tenho uma vida.
Por mais angustiante que isso seja, eu tenho esperanças, fé. Em algum momento, todas as feridas estarão completamente cicatrizadas. E elas nada mais serão do que as marcas das minhas batalhas. Isso vai acontecer. Mas pode demorar. Dias, meses ou anos. Para quem já esperou tanto tempo por ajuda, aguardar um pouco mais não fará diferença. Até lá, eu somente assumo - para mim mesma - o que eu sou, o que eu posso e o que sei. Eu não sou e nunca serei forte.
Eu choro. Sofro. E aguento.

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